segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Celebração de Advento

No dia 12 de dezembro, amigos e companheiros do CÍRCULO KAIRÓS, depois de construirem sua agenda  para o 1º semestre de 2012 realizaram sua celebração de Advento.

 Lembranças...

Os presentes participaram de momentos de alegria, congraçamento, reflexão e comunhão. O convite para a partilha dos sonhos e sentimentos se deu e continua acontecendo:
em nome da vida partilhada e da morte vencida,
em nome da liberdade sonhada e da dor esquecida,
em nome da justiça esperada e da lágrima sofrida,
em nome do amor sem fronteiras  e da humanidade redimida,
em nome da esperança anelada e da paz atingida,
em nome da unidade desejada e da dignidade vivida.

O tema proposto para essa celebração foi acolhimento, respeito, tolerância e comunhão.

Na ocasião o Pastor Moisés Coppe trouxe uma reflexão baseada na leitura de textos do Antigo e Novo Testamento. Em suas palavras: "Entre o tempo de nascer e o tempo de morrer (Eclesiastes 3) precisamos fazer novas escolhas. É preciso partilhar novos sonhos e redesenhar novas ações . O natal não pode ser apenas um momento de consumo, onde  milhões pessoas são colocadas em segundo plano. O natal precisa se materializar em atos de respeito, tolerância, inclusão e verdadeira comunhão".

terça-feira, 29 de novembro de 2011

O Conselho Mundial de Igrejas

Centro Ecumênico Reconciliação, Figueira da Foz

 

Conteúdo

  1. O Conselho Mundial de Igrejas em poucas palavras
  2. "Para a glória do Deus único..."
  3. A peregrinação em direção à unidade
  4. O que significa "ecumênico"?
  5. Meio século de serviço
  6. Ao serviço do Reino de Deus em toda a sua riqueza
  7. O que faz o Conselho Mundial de Igrejas?
  8. Como está organizado o CMI?
  9. A responsabilidade cristã num mundo em evolução
  10. Edificar "uma família humana"
  11. Levar a carga uns dos outros
  12. A Igreja una de Cristo
  13. Mensagem da 8.ª Assembléia Geral
  14. Programas e administração do CMI
  15. Celebração do 50.º aniversário do CMI, 19/09/98
O CMI colabora com as suas mais de 330 igrejas-membro em 100 países diferentes, apoiando a suas iniciativas a nível local. Responde aos apelos por ação e informação, provenientes das suas igrejas-membro e outras organizações interessadas. Através de ações de solidariedade presta ajuda em casos de catástrofes naturais e crises inesperadas.

 

Como está organizado o CMI?

A cada sete anos, o CMI realiza uma assembléia internacional, da qual participam milhares de delegados das igrejas-membro e representantes de outras igrejas e organizações ecumênicas assim como visitantes de todas as partes do mundo. Os delegados reunidos estabelecem políticas para o trabalho do CMI nos próximos anos, tomando em conta a situação mundial e eclesiástica contemporânea.
A última Assembléia Geral - a oitava do CMI - teve lugar em Harare / Zimbabwe, em Dezembro de 1998. No culto de Ação de Graças pelo 50.º aniversário da fundação do Conselho, os representantes das igrejas-membro renovaram o seu compromisso com a visão que tinha servido de base para a fundação do Conselho Mundial de Igrejas em 1948.
O pessoal do Conselho Mundial de Igrejas trabalha a partir dos seus escritórios centrais em Genebra, Suíça, para realizar, apoiar e coordenar as atividades ecumênicas pedidas pelas igrejas-membro. Todo o trabalho do CMI é supervisionado pelos 150 membros do Comitê Central, nomeados de entre os delegados pela Assembléia Geral, e pelos seus três sub-comitês (Comitê Executivo, Comitê de Programas e Comitê de Finanças). Uma série de órgãos consultivos assim como a colaboração regular com outras organizações e grupos ecumênicos permitem ampliar a participação em atividades que assim ganham uma maior pertinência e eficácia.

 

 A responsabilidade cristã num mundo em evolução

Desde o seu início, o Conselho Mundial de Igrejas dedicou tempo e recursos ao estudo profundo de problemas que afetam os cristãos que vivem em contextos culturais diferentes e freqüentemente em situações difíceis. O CMI fá-lo não para já reunir informações, mas para motivar as Igrejas a determinarem em conjunto objetivos e áreas de entendimento e para exortar os cristãos a assumirem as suas responsabilidades.
Também questões referentes à doutrina e à ordem eclesiástica foram objeto de estudo minucioso. Acordos significativos foram alcançados quanto à compreensão e à prática do Batismo, da Eucaristia e do Ministério.
Além disso, o CMI realizou vários estudos sobre assuntos atuais, como o HIV/SIDA, a globalização e as alterações climáticas que ocorrem em todo o mundo. Cada um destes assuntos, e outros ainda, que estão na ordem do dia do CMI, representam desafios aos quais os cristãos são chamados a responder com criatividade e amor.
Freqüentemente, os estudos do CMI servem de base para posicionamentos oficiais dos seus órgãos diretivos ou de suas Igrejas-membro.
Tais estudos ajudam as igrejas na sua tarefa de proporcionar os meios às suas congregações, pastores, sacerdotes e dirigentes para o cumprimento da sua missão no mundo.
A Igreja é um instrumento poderoso para a realização da esperança que Deus traz ao mundo. Por meio do CMI, as igrejas levam esta mensagem de esperança a um mundo marcado por deslumbrantes avanços tecnológicos e constantes mudanças políticas.

 

 

Edificar «uma família humana”

A constituição do Conselho Mundial de Igrejas conclama para que seja promovida "uma família humana que viva em justiça e paz". O CMI acredita que as guerras são contra a vontade de Deus, e por isso empenha-se pela paz e pela justiça. Acredita também no valor e dignidade de cada pessoa humana e combate, portanto, o racismo e o sexismo e promove os direitos humanos.

Pronunciamentos públicos ocasionalmente feitos pelo Conselho Mundial de Igrejas dirigem a atenção das Igrejas e da comunidade internacional a assuntos, eventos e movimentos contemporâneos que, por vezes, são negligenciados. Em outras ocasiões, o CMI aplica a diplomacia discreta para intervir em situações de crise. Quando necessário, o CMI empenha-se em mediar conflitos e reconciliar as partes envolvidas.

Todos os pronunciamentos públicos do CMI e sua mediação têm uma intenção pastoral - de despertar confiança, consolo e esperança, baseados num profundo compromisso com a palavra redentora de Deus.

 

 

Levar a carga uns dos outros

Desde os primeiros momentos de sua existência, logo após a Segunda Guerra Mundial, o CMI vem oferecendo ajuda a refugiados e deslocados, apoiando-os materialmente na reconstrução de comunidades e de países afetados por conflitos. Catástrofes naturais e outros desastres levaram o CMI a ampliar a sua ajuda para aliviar os sofrimentos e necessidades dos seres humanos.
Em vez de realizar os programas de ajuda e desenvolvimento por sua conta, o Conselho Mundial de igrejas canaliza a ajuda ecumênica através das igrejas e outros. O CMI dá prioridade total a esquemas em que os mais diretamente afetados por estas situações podem participar no estabelecimento de prioridades e na tomada de decisões assim como ao apoio aos menos favorecidos.
As décadas de envolvimento do CMI no serviço cristão têm demonstrado o poder do mandamento bíblico de levar a carga uns dos outros. As igrejas que estão em condições de ajudar materialmente aos necessitados, também têm suas próprias necessidades. E as igrejas economicamente pobres têm muito a dar em outras áreas de modo que se pode estabelecer assim um intercâmbio muito valioso.

 

 

A Igreja una de Cristo

O Conselho Mundial de Igrejas exorta cada igreja a reconhecer os dons, as necessidades e as responsabilidades de cada um dos seus membros. Afirmando a igualdade entre todos os membros do povo de Deus, encoraja a colaboração entre homens e mulheres na Igreja. Pede às igrejas que cuidem das crianças e ouçam a voz dos jovens, que juntos não só representam a Igreja de amanhã, mas são parte essencial da Igreja de hoje. Convencido de que Deus prometeu um lugar para cada um na comunidade, o CMI apela às igrejas a acolherem os marginalizados e os excluídos, sejam quais forem os motivos da sua exclusão - raça, identidade étnica, pobreza, incapacidade ou outras razões.
Parte da mensagem final da 8ª Assembléia Geral do Conselho Mundial de Igrejas, Harare, Zimbabwe, Dezembro de 1998.
  • Desejamos intensamente a unidade visível do corpo de Cristo que afirma os dons de todos, jovens e anciãos, mulheres e homens, laicos e ordenados.
  • Temos esperança na cura da comunidade humana, a plenitude de toda a criação de Deus.
  • Cremos no poder libertador do perdão que transforma a hostilidade em amizade e rompe a espiral da violência.
  • Estamos estimulados por uma visão de uma igreja que chega a todos e a cada um, que compartilha, está ao serviço de todos, proclama a boa nova da redenção de Deus e é ao mesmo tempo sinal do reino e serva do mundo.
  • Estamos interpelados por uma visão da igreja, povo de Deus que avança pelo caminho, que enfrenta todas as divisões de raça, sexo, idade e cultura e luta pela realização da justiça e da paz assim como pela integridade da criação.
  • Caminhamos juntos como povo que tem fé na ressurreição. No meio da exclusão e do desespero, cremos com alegria e esperança na promessa da plenitude de vida.
  • Caminhamos juntos como povo em oração. No meio da desorientação e da perda de identidade, discernimos sinais do cumprimento da vontade de Deus e esperamos a vinda do seu Reino.

 

Programa e administração do CMI

  • Secretaria Geral e Instituto Ecuménico Bossey
  • Setor de Estudo e Ação:
  • Fé e Ordem;
  • Missão e Evangelização;
  • Justiça, Paz e Criação;
  • Educação e Formação Ecumênica.
  • Setor de Relações: Relações com as igrejas e a comunidade ecumênica; Relações Regionais e Compartilha Ecumênica; Relações e diálogo inter-religiosos; Relações internacionais; ACT (Action Churches Together) Internacional: escritório de coordenação da ação em casos de urgência, em colaboração com a Federação Luterana Mundial).
  • Setor de Comunicação: Informação; Publicações e Documentação.
  • Setor de Finanças, Serviços e Administração: Finanças; Mobilização e Controle de Receitas; Recursos Humanos; Serviços Gerais; Serviços Informáticos.

 

Notas financeiras:

As atividades do Conselho Mundial de Igrejas são mantidas, financeiramente, mediante contribuições de suas igrejas-membro e doações de particulares, organizações e governos. O Conselho também tem rendimentos provenientes de investimentos, da renda de salas no Centro Ecumênico, em Genebra, dos cursos que oferece no Instituto Ecumênico e de publicações. Nos últimos anos, o orçamento anual girou em torno de 75 milhões de francos suíços (aproximadamente US$ 53,6 milhões). O esboço que segue indica como o Conselho Mundial de Igrejas aplica os fundos recebidos nos seus programas de testemunho cristão e nas outras tarefas, e de que regiões do mundo tais recursos são obtidos.

 

Despesas - Contribuições por regiões

  • Relações: 47,69%
  • Europa: 82,56%
  • Estudo e Ação: 24,17%
  • América do Norte: 15,43%
  • Finanças, Serviços e Administração: 11,77%
  • Ásia: 1,11%
  • Comunicação: 8,25%
  • Outras Regiões: 0,66%
  • Instituto Ecumênico Bossey: 4,56%
  • África: 0,15%
  • Secretaria Geral: 3,56%
  • Pacífico: 0,04%
  • América Latina: 0,03%
  • Caribe: 0,01%
  • Médio Oriente:0,01% 
Fonte: Arquidiose Ortodoxa Grega de Buenos Aires e América do Sul

sábado, 26 de novembro de 2011

A diaconia profética é uma importante ferramenta para transformar o mundo




24 de novembro de 2011  
Marcelo Schneider*

“É preciso manter a perspectiva profética de vigilância e denúncia das situações de violação dos direitos humanos e da natureza, assim como seguir dedicando-se às tarefas teológicas e pastorais de formação de lideranças com os mesmos princípios proféticos e evangélicos”, afirmou, nesta terça-feira, dia 21 de novembro o secretário-geral do Conselho Latino-Americano de Igrejas (CLAI), Rev. Nilton Giese, durante evento promovido pelo organismo ecumênico em parceria com o Conselho Mundial de Igrejas, em São Leopoldo, Brasil.
O segundo dia do “Seminário Latino-Americano de Formação em Diaconia” dedicou-se à reflexão acerca das diferentes dimensões da diaconia e seus vínculos com os contextos onde se desenvolve o ministério diaconal. Os participantes tiveram, ainda, a oportunidade de visitar projetos diaconais na região da grande Porto Alegre.
Primeiro palestrante do dia, Giese falou sobre a geopolítica do continente, lembrando que, na América Latina, existe a maior e mais diversa unidade vital do planeta. “Nossas riquezas naturais nos tornam o único lugar no mundo que tem a possibilidade de autosustentar-se sem grandes dificuldades”, ele disse.
No entanto, o secretário-geral alertou para o fato de que, ainda que haja tanta diversidade de riquezas culturais e naturais na região, assim como condições efetivas e até avanços em propostas de integração regional, as perspectivas geopolíticas da América Latina e do Caribe continuam delicadas. “Nos mesmos moldes em que se permite a instalação de tropas militares dos Estados Unidos em território colombiano, os processo democráticos em outros pontos da América Latina estão sendo constantemente ameaçados por forças oligárquicas que utilizam, fundamentalmente, os meios de comunicação”, afirmou.
Diante desta geopolítica regional, as igrejas e os organismos ecumênicos são chamados a assumir uma postura profética, afirmando que não é suficiente que nossas sociedades tenham picos de democracia, mas uma base sólida na sociedade civil que dê sustentabilidade a esta democracia. Sob este aspecto, tornou-se importante a abordagem do pastor presbiteriano colombiano Milton Mejía, que falou sobre incidência pública e política a partir do conceito de diaconia profética.
Mejía disse que o papel do ministério diaconal vinculado à incidência também é o de retroalimentarar os líderes das igrejas com elementos para que possam opinar publicamente, e em nome da igreja, sobre temas de debate na sociedade. “Como igreja, podemos oferecer espaços para os cidadãos implementarem projetos de incidência”, destacou.
Ao falar sobre “Diaconia, Economia e Sociedade”, o pastor Hector Fernández, coordenador do Instituto Ecumênico Diaconal Stephen, em El Salvador, lembrou que é preciso ser profético não somente para fora das portas da igreja, mas também para dentro. “Somente assim seremos fieis a uma das maiores contribuições da Reforma, que é o sacerdócio geral de todas as pessoas que crêem”, assinalou.
Um dos objetivos do seminário é desenvolver um programa de formação para o ministério  diaconal e para o trabalho conjunto em torno desta importante tarefa para as igrejas do continente.
Mais sobre o CMI: www.oikoumene.org
Mais sobre o CLAI: 
www.claiweb.org
* Correspondente de comunicações para América Latina e assessor do moderador do Comitê Central do Conselho Mundial de Igrejas.
De: http://www.claibrasil.org.br/