terça-feira, 29 de novembro de 2011

O Conselho Mundial de Igrejas

Centro Ecumênico Reconciliação, Figueira da Foz

 

Conteúdo

  1. O Conselho Mundial de Igrejas em poucas palavras
  2. "Para a glória do Deus único..."
  3. A peregrinação em direção à unidade
  4. O que significa "ecumênico"?
  5. Meio século de serviço
  6. Ao serviço do Reino de Deus em toda a sua riqueza
  7. O que faz o Conselho Mundial de Igrejas?
  8. Como está organizado o CMI?
  9. A responsabilidade cristã num mundo em evolução
  10. Edificar "uma família humana"
  11. Levar a carga uns dos outros
  12. A Igreja una de Cristo
  13. Mensagem da 8.ª Assembléia Geral
  14. Programas e administração do CMI
  15. Celebração do 50.º aniversário do CMI, 19/09/98
O CMI colabora com as suas mais de 330 igrejas-membro em 100 países diferentes, apoiando a suas iniciativas a nível local. Responde aos apelos por ação e informação, provenientes das suas igrejas-membro e outras organizações interessadas. Através de ações de solidariedade presta ajuda em casos de catástrofes naturais e crises inesperadas.

 

Como está organizado o CMI?

A cada sete anos, o CMI realiza uma assembléia internacional, da qual participam milhares de delegados das igrejas-membro e representantes de outras igrejas e organizações ecumênicas assim como visitantes de todas as partes do mundo. Os delegados reunidos estabelecem políticas para o trabalho do CMI nos próximos anos, tomando em conta a situação mundial e eclesiástica contemporânea.
A última Assembléia Geral - a oitava do CMI - teve lugar em Harare / Zimbabwe, em Dezembro de 1998. No culto de Ação de Graças pelo 50.º aniversário da fundação do Conselho, os representantes das igrejas-membro renovaram o seu compromisso com a visão que tinha servido de base para a fundação do Conselho Mundial de Igrejas em 1948.
O pessoal do Conselho Mundial de Igrejas trabalha a partir dos seus escritórios centrais em Genebra, Suíça, para realizar, apoiar e coordenar as atividades ecumênicas pedidas pelas igrejas-membro. Todo o trabalho do CMI é supervisionado pelos 150 membros do Comitê Central, nomeados de entre os delegados pela Assembléia Geral, e pelos seus três sub-comitês (Comitê Executivo, Comitê de Programas e Comitê de Finanças). Uma série de órgãos consultivos assim como a colaboração regular com outras organizações e grupos ecumênicos permitem ampliar a participação em atividades que assim ganham uma maior pertinência e eficácia.

 

 A responsabilidade cristã num mundo em evolução

Desde o seu início, o Conselho Mundial de Igrejas dedicou tempo e recursos ao estudo profundo de problemas que afetam os cristãos que vivem em contextos culturais diferentes e freqüentemente em situações difíceis. O CMI fá-lo não para já reunir informações, mas para motivar as Igrejas a determinarem em conjunto objetivos e áreas de entendimento e para exortar os cristãos a assumirem as suas responsabilidades.
Também questões referentes à doutrina e à ordem eclesiástica foram objeto de estudo minucioso. Acordos significativos foram alcançados quanto à compreensão e à prática do Batismo, da Eucaristia e do Ministério.
Além disso, o CMI realizou vários estudos sobre assuntos atuais, como o HIV/SIDA, a globalização e as alterações climáticas que ocorrem em todo o mundo. Cada um destes assuntos, e outros ainda, que estão na ordem do dia do CMI, representam desafios aos quais os cristãos são chamados a responder com criatividade e amor.
Freqüentemente, os estudos do CMI servem de base para posicionamentos oficiais dos seus órgãos diretivos ou de suas Igrejas-membro.
Tais estudos ajudam as igrejas na sua tarefa de proporcionar os meios às suas congregações, pastores, sacerdotes e dirigentes para o cumprimento da sua missão no mundo.
A Igreja é um instrumento poderoso para a realização da esperança que Deus traz ao mundo. Por meio do CMI, as igrejas levam esta mensagem de esperança a um mundo marcado por deslumbrantes avanços tecnológicos e constantes mudanças políticas.

 

 

Edificar «uma família humana”

A constituição do Conselho Mundial de Igrejas conclama para que seja promovida "uma família humana que viva em justiça e paz". O CMI acredita que as guerras são contra a vontade de Deus, e por isso empenha-se pela paz e pela justiça. Acredita também no valor e dignidade de cada pessoa humana e combate, portanto, o racismo e o sexismo e promove os direitos humanos.

Pronunciamentos públicos ocasionalmente feitos pelo Conselho Mundial de Igrejas dirigem a atenção das Igrejas e da comunidade internacional a assuntos, eventos e movimentos contemporâneos que, por vezes, são negligenciados. Em outras ocasiões, o CMI aplica a diplomacia discreta para intervir em situações de crise. Quando necessário, o CMI empenha-se em mediar conflitos e reconciliar as partes envolvidas.

Todos os pronunciamentos públicos do CMI e sua mediação têm uma intenção pastoral - de despertar confiança, consolo e esperança, baseados num profundo compromisso com a palavra redentora de Deus.

 

 

Levar a carga uns dos outros

Desde os primeiros momentos de sua existência, logo após a Segunda Guerra Mundial, o CMI vem oferecendo ajuda a refugiados e deslocados, apoiando-os materialmente na reconstrução de comunidades e de países afetados por conflitos. Catástrofes naturais e outros desastres levaram o CMI a ampliar a sua ajuda para aliviar os sofrimentos e necessidades dos seres humanos.
Em vez de realizar os programas de ajuda e desenvolvimento por sua conta, o Conselho Mundial de igrejas canaliza a ajuda ecumênica através das igrejas e outros. O CMI dá prioridade total a esquemas em que os mais diretamente afetados por estas situações podem participar no estabelecimento de prioridades e na tomada de decisões assim como ao apoio aos menos favorecidos.
As décadas de envolvimento do CMI no serviço cristão têm demonstrado o poder do mandamento bíblico de levar a carga uns dos outros. As igrejas que estão em condições de ajudar materialmente aos necessitados, também têm suas próprias necessidades. E as igrejas economicamente pobres têm muito a dar em outras áreas de modo que se pode estabelecer assim um intercâmbio muito valioso.

 

 

A Igreja una de Cristo

O Conselho Mundial de Igrejas exorta cada igreja a reconhecer os dons, as necessidades e as responsabilidades de cada um dos seus membros. Afirmando a igualdade entre todos os membros do povo de Deus, encoraja a colaboração entre homens e mulheres na Igreja. Pede às igrejas que cuidem das crianças e ouçam a voz dos jovens, que juntos não só representam a Igreja de amanhã, mas são parte essencial da Igreja de hoje. Convencido de que Deus prometeu um lugar para cada um na comunidade, o CMI apela às igrejas a acolherem os marginalizados e os excluídos, sejam quais forem os motivos da sua exclusão - raça, identidade étnica, pobreza, incapacidade ou outras razões.
Parte da mensagem final da 8ª Assembléia Geral do Conselho Mundial de Igrejas, Harare, Zimbabwe, Dezembro de 1998.
  • Desejamos intensamente a unidade visível do corpo de Cristo que afirma os dons de todos, jovens e anciãos, mulheres e homens, laicos e ordenados.
  • Temos esperança na cura da comunidade humana, a plenitude de toda a criação de Deus.
  • Cremos no poder libertador do perdão que transforma a hostilidade em amizade e rompe a espiral da violência.
  • Estamos estimulados por uma visão de uma igreja que chega a todos e a cada um, que compartilha, está ao serviço de todos, proclama a boa nova da redenção de Deus e é ao mesmo tempo sinal do reino e serva do mundo.
  • Estamos interpelados por uma visão da igreja, povo de Deus que avança pelo caminho, que enfrenta todas as divisões de raça, sexo, idade e cultura e luta pela realização da justiça e da paz assim como pela integridade da criação.
  • Caminhamos juntos como povo que tem fé na ressurreição. No meio da exclusão e do desespero, cremos com alegria e esperança na promessa da plenitude de vida.
  • Caminhamos juntos como povo em oração. No meio da desorientação e da perda de identidade, discernimos sinais do cumprimento da vontade de Deus e esperamos a vinda do seu Reino.

 

Programa e administração do CMI

  • Secretaria Geral e Instituto Ecuménico Bossey
  • Setor de Estudo e Ação:
  • Fé e Ordem;
  • Missão e Evangelização;
  • Justiça, Paz e Criação;
  • Educação e Formação Ecumênica.
  • Setor de Relações: Relações com as igrejas e a comunidade ecumênica; Relações Regionais e Compartilha Ecumênica; Relações e diálogo inter-religiosos; Relações internacionais; ACT (Action Churches Together) Internacional: escritório de coordenação da ação em casos de urgência, em colaboração com a Federação Luterana Mundial).
  • Setor de Comunicação: Informação; Publicações e Documentação.
  • Setor de Finanças, Serviços e Administração: Finanças; Mobilização e Controle de Receitas; Recursos Humanos; Serviços Gerais; Serviços Informáticos.

 

Notas financeiras:

As atividades do Conselho Mundial de Igrejas são mantidas, financeiramente, mediante contribuições de suas igrejas-membro e doações de particulares, organizações e governos. O Conselho também tem rendimentos provenientes de investimentos, da renda de salas no Centro Ecumênico, em Genebra, dos cursos que oferece no Instituto Ecumênico e de publicações. Nos últimos anos, o orçamento anual girou em torno de 75 milhões de francos suíços (aproximadamente US$ 53,6 milhões). O esboço que segue indica como o Conselho Mundial de Igrejas aplica os fundos recebidos nos seus programas de testemunho cristão e nas outras tarefas, e de que regiões do mundo tais recursos são obtidos.

 

Despesas - Contribuições por regiões

  • Relações: 47,69%
  • Europa: 82,56%
  • Estudo e Ação: 24,17%
  • América do Norte: 15,43%
  • Finanças, Serviços e Administração: 11,77%
  • Ásia: 1,11%
  • Comunicação: 8,25%
  • Outras Regiões: 0,66%
  • Instituto Ecumênico Bossey: 4,56%
  • África: 0,15%
  • Secretaria Geral: 3,56%
  • Pacífico: 0,04%
  • América Latina: 0,03%
  • Caribe: 0,01%
  • Médio Oriente:0,01% 
Fonte: Arquidiose Ortodoxa Grega de Buenos Aires e América do Sul

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